Piloto da Penske faz corrida burocrática para se tornar bicampeão da Indy, com 25 pontos sobre Simon Pagenaud.

Foto Joe Skibinski
Última corrida da temporada no icônico circuito de Laguna Seca viu o domínio de Colton Herta, que segurou Dixon e Power para vencer praticamente de ponta a ponta. Os brasileiros tiveram uma corrida bem decente levando-se em conta seus carros.
Vamos a corrida.
Com a volta da pista de Monterey após 15 anos, os pilotos foram até bem comedidos na largada, mas isso não impediu de Dixon pressionar Herta pela liderança, que soube se defender e abrir caminho.

Foto Stephen King
Sem mudanças nas 7 primeiras posições, dois ponteiros começam a abrir vantagem, deixando claro que Rossi, Newgarden e Pagenaud estavam poupando equipamento para o restante da corrida.
Na volta 11 Takuma Sato abre a janela de paradas, com Pagenaud parando na 13°. Rossi e Newgarden vão aos boxes no giro seguinte, sendo que a penske coloca o carro #2 a frente de Alexander. Na saída Rossi ainda perde a posição para Pagenaud, já com pneus aquecidos, que passa também Newgarden.
Dixon para no giro 17, enquanto Herta na volta 18, saindo do pit já retomando um briga feroz com o neozelandês da Ganassi.

Foto Chris Owens
Power, que liderava a essa altura, faz seu Pit stop a vigésima volta, sendo o último da pista a realizar o serviço, já garantindo um lugar entre os 5 primeiros.
Quem continuava crescendo era Pagenaud que já figurava no terceiro posto e tirando diferença para Herta e Dixon, que já estavam com pneus mais duros, enquanto Power superava Rossi pela quinta posição. Newgarden estava em sexto lendo o regulamento em seu cockpit.
Na volta 34, Felix Rosenqvist passa Newgarden na famosa curva do saca rolha, que não oferece resistência, e segue pressionando Rossi por duas voltas até concluir a ultrapassagem.

Foto Joe Skibinski
Giro 37 trás Rossi e Newgarden novamente juntos aos boxes, mas dessa vez o ex-F1 consegue manter a posição. Na volta seguinte é a vez de Dixon e Pagenaud, também postulantes ao título, pararem juntos. Mesmo com trabalho ruim da Ganassi, o piloto do #9 sai na frente do francês da Penske.
Herta entra na volta 40, com Power parando no giro seguinte, conseguindo superar Dixon na parada pela segunda posição, mas os pneus frios não ajudam e ele logo perdeu o posto, mas prova que sua estratégia estava rendendo frutos.
Já na volta 45, a disputa de posição entre Conor Daly e Marco Andretti não termina bem, com ambos se tocando na curva 1. Pior pra Daly que ficou preso na salsicha” da zebra e chamou a primeira amarela da prova.
A verde volta a ser agitada no giro 49, assim como já estavam agitados os pilotos. Na freada para a curva 1, Santino Ferrucci errou o ponto e acertou Sato, que rodou mas continuou na corrida, ao contrário de Ferrucci que quebrou a suspensão de sua Dale Coyne e abandonou, assim como Ed Jones que pegou o rescaldo do toque.
A prova segue em verde, e na volta 54 Zach Veach (que não sabemos como continua na Andretti ano que vem) se estranha com Spencer Pigot pela 17° posição. 2 curvas depois, o mesmo Veach se acha com Matheus Leist e Takuma Sato, provando que no saca rolha realmente não passam 3 carros de uma vez.

Foto Stephen King
Marco Andretti abre o último ciclo de paradas na volta 63, com Felix Rosenqvist sendo o primeiro dos líderes a parar no giro seguinte.
As marcações continuam com Herta, Dixon, Rossi e Newgarden parando na volta 65, uma antes de Pagenaud. Power só para na 68 e assume o segundo lugar.

Foto Joe Skibinski
As últimas 20 voltas foram protagonizadas pela disputa da terceira posição entre Dixon e Pagenaud. O francês tentou por dentro, por fora, até por cima se pudesse! Mas a experiência do campeão de 2018 prevaleceu.
Assim, tivemos a vitória quase de ponta a ponta de Colton Herta, seguido por Power, Dixon, Pagenaud, Rosenqvist (campeão do Rookie of the year), Rossi, Bourdais que apareceu só no fim da prova ao passar Newgarden. Hinchcliffe e Hunter Reay fecharam o top 10.

Foto Chris Owens
E os brasileiros?
Já sabemos de todas as dificuldades da Foyt durante a temporada, com os únicos resultados positivos sendo de responsabilidade total dos pilotos. E não foi diferente em Laguna Seca: Tony Kanaan chegou a figurar no top 10, mas chegou apenas em 16°, uma posição a frente de Matheus Leist, que também fez uma prova bem honesta e teve seu ponto alto na disputa com Veach e Sato no saca rolha, onde se deu melhor que todos. Sem o principal patrocinador pro ano que vem, vamos torcer para que a evolução dos brasileiros na categoria não seja interrompida.

Foto Chris Owens
Futuro
A temporada de corridas acabou, mas a de especulações e mudanças nas equipes está só começando. E nós do Planeta Velocidade estaremos acompanhando tudo até o início da temporada 2020.
Fique ligado!